segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Eleições na UFPA

Quais seriam as propostas mais adequadas e benéficas para nós estudantes, dentre as perspectivas ofertadas pelos candidadtos que se pretendem ocupar o cargo de reitor da UFPA? Pois é, trata-se de uma pergunta que divide opiniões sobre a eleição que se realizará em breve, no dia 3 de dezembro e que elegerá a nova administração da instituição. Os candidatos, dentro das suas perspectivas eleitorais, e que são em sua maioria divergentes, buscam o ganho de votos por meio de uma ação mais participativa junto aos estudantes, o que contribui para que se conheça de forma mais eficaz as propostas que são colocadas, apesar de não descartamos ser uma prática de populismo. Mas,acredito que o diferencial nessas eleições será o reconhecimento do trabalho que vem sendo desenvolvido pelos candidatos durante as suas ações acadêmicas,o que será refletido nas urnas, principalmente pela massa de estudantes. Todavia, não se pode esquecer a questão da publicidade, que é muito importante nesse processo, são cartazes e panfletos espalhados por toda a universidade, é dificil não perceber que estamos num processo eleitoral decisivo. Só um parenteses: nenhum candidato está preocupado com os entulhos gerados pelos seus materiais de divulgação, espero que depois de eleito, o futuro reitor cuide dessa coisinha básica também. Caso contrário,já iniciará o mandato com a não-aprovação de muitos.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Diesel verde de buriti

A busca por novas alternativas de energia, no Brasil, é cada vez mais freqüente. Na Universidade Federal do Pará, a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nessa área são realizadas, entre outros, pelo Grupo de Catálise e Oleoquímica, do curso de Química da instituição - formado pelos pesquisadores Geraldo Narciso da Rocha Filho, José Roberto Zamian, Carlos Emmerson Ferreira da Costa e Heronides Adonias Dantas Filho. “Craqueamento Catalítico de óleo de Buriti” é o mais novo projeto em andamento. Consiste em produzir combustível semelhante ao petróleo, só que gerado a partir da quebra de moléculas de óleo vegetal, no caso o óleo de Buriti. Texto completo no link:http://www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira61/noticias/rep2.html

Barcos serão feitos de lixo e vão atuar na despoluição de rios da Amazônia

O projeto “Eco Barcos para a educação ambiental”, que está sendo desenvolvido pelo curso de Engenharia Naval, é a mais recente contribuição da Universidade Federal do Pará para o desenvolvimento sustentável da Amazônia – região que é a detentora da maior fonte de riquezas naturais e biodiversidade do planeta, cuja preservação tem sido freqüentemente pautada pelos meios de comunicação em associação com o discurso do desenvolvimento sustentável. O projeto visa a construção de barcos ecológicos que atuarão em atividades de proteção do meio ambiente. Os Eco Barcos serão utilizados para a retirada de resíduos sólidos depositados nos leitos e no fundo dos rios da Amazônia. Serão construídas seis embarcações diferentes com os mais diversos materiais recicláveis. O material utilizado para sua construção é proveniente da reciclagem de garrafas pets, latinhas de cerveja, toner de impressoras e plásticos em geral. A proposta inicial é que a atuação do projeto seja nas áreas próximas à UFPA. Por exemplo, nas ilhas do Maracujá e do Cumbú. Texto completo no link:http://www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira60/noticias/rep5.html

Radiossondagem na Amazônia

Debater a questão das mudanças climáticas que configuram o cenário atual da região Amazônica é imprescindível. A maior reserva de biosfera do planeta, como é denominada, ao sofrer impactos em sua constituição ambiental e climática contribui diretamente para o agravamento de problemas socioambientais já existentes, a exemplo do aquecimento global. Foi pensando nisso que o Programa de Pós-Graduação de Ciências Ambientais, da Universidade Federal do Pará, integrou o projeto Mini-Barca (Balanço Atmosférico Regional do Carbono na Amazônia), que visa obter um conjunto de dados que permita análises mais detalhadas sobre as condições climáticas em um determinado período para a validação das simulações numéricas. Texto completo no link:http://www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira63/noticias/rep4.html

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Depressão x doenças orgânicas

O tratamento e o diagnóstico de pacientes com doenças orgânicas e que também apresentam sintomas como emagrecimento, insônia e anorexia, tem sido o principal desafio de psicanalistas e psicólogos sociais. Eles têm se dedicado ao desenvolvimento de estudos sobre o porquê da manifestação de doenças psíquicas, como a depressão e a melancolia, em pacientes com patologias definidas como de origens física e orgânica. Estudos comprovam que pacientes com doenças orgânicas, como a AIDS, reagem de forma diferenciada quando recebem acompanhamento psicológico. Em sua maioria, esses pacientes, ao serem comunicados do diagnóstico, mergulham em melancólica profunda, o que dificulta a eficiência do tratamento para a patologia orgânica. A Universidade Federal do Pará desenvolve há seis anos, no Hospital Barros Barreto, o projeto de pesquisa e extensão “Tratamento psicológico em hospital geral: contribuições da clínica da melancolia e dos estados depressivos”, coordenado pela psicóloga Ana Cleide Guedes Moreira. Desde 2001, ela participa do tratamento de portadores de HIV/AIDS. Professores, psicólogos e alunos do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas também estão envolvidos no projeto. Texto completo no link:http://www.ufpa.br/beiradorio/arquivo/beira59/noticias/rep6.html

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Jornalismo científico e a democratização do conhecimento

Caros colegas, segue abaixo techo da entrevista realizada pelo portal Imprensa com o jornalista Francisco Bicudo sobre a função do jornalismo científico em democratizar o conhecimento por meio de uma educaçao, a qual ele denomina de "alfabetização científica". Ele se formou em 1994 pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e mestre em Ciências da Comunicação pela mesma instituiçã, atua na área há quase 18 anos. "Metade de uma vida", ressalta. Também professor de jornalismo, ele acredita que a ciência "faz avançar sociedades" e deve se tornar acessível à população através do que ele chama de "alfabetização científica", em que os cidadãos devem ter acesso às informações para conhecer os conceitos científicos e compreender as transformações que as descobertas da ciência trazem na prática. Bicudo teve contato mais próximo com essa área depois de passar pela assessoria do Instituto da Criança (1998-1999), ala pediátrica do Hospital das Clínicas. Atualmente, colabora com a revista Pesquisa Fapesp e com o site Sindicato dos Professores e falou ao Portal IMPRENSA sobre a importância desse tipo de jornalismo para a sociedade. Portal IMPRENSA: Como começou a sua trajetória no Jornalismo Científico? Francisco Bicudo: Sempre fui um apaixonado pelas descobertas que a Ciência nos proporciona e pelas histórias que é capaz de nos contar, auxiliando na compreensão dos fenômenos da natureza e ajudando a fazer avançar as sociedades, com benefícios coletivos diversos, pelo menos potencialmente. Portanto, acho que foi uma trajetória natural. Minha primeira passagem pelo Sindicato dos Professores (1992-1998) foi fundamental, travei contato com uma efetiva e sincera preocupação com a educação como instrumento de autonomia e libertação. Em 2002, iniciei minhas colaborações com a revista Pesquisa Fapesp, sempre como repórter, e me lembro com muito carinho da primeira matéria que publiquei - um estudo feito por pesquisadores da USP que analisava o diâmetro do Sol. Foi difícil, deu um trabalhão, escrevi o texto três vezes, até conseguir chegar a um resultado bacana, mas valeu a pena e foi extremamente gratificante. IMPRENSA: Quais os principais fundamentos do Jornalismo Científico? Bicudo: O jornalismo científico deve ser capaz de traduzir, contextualizar e interpretar para a sociedade a beleza e a importância do mundo da ciência e da tecnologia. Sua função, portanto, é democratizar conhecimento, nessa área específica, trabalhando com a idéia da alfabetização científica e fazendo da ciência um tema presente nos nossos debates cotidianos. Para participar dessas discussões, a sociedade precisa estar bem informada. Isso envolve conhecer os conceitos científicos, o processo de produção e desenvolvimento da ciência e os impactos sociais das descobertas e novidades, sem perder pé da dimensão ética. IMPRENSA: Como você avalia a cobertura dos cadernos de Ciência nos jornais, revistas e canais de TV brasileiros? Bicudo: Considero o momento bastante interessante, pois, embora ainda não seja o cenário ideal e muito ainda tenhamos que caminhar e avançar, avalio que há uma percepção cada vez mais clara e contundente, por parte dos veículos jornalísticos, da importância do tema para a agenda pública da sociedade. Dessa forma, além de ganhar espaço em jornais e revistas, o jornalismo científico tem se consolidado na televisão, em rádio e na internet, chegando inclusive a marcar presença em blogs. IMPRENSA: Na recente polêmica em torno das pesquisas com células-tronco, por exemplo, você acha que a mídia conseguiu elucidar a população a respeito do que estava acontecendo? Bicudo: Acho que houve avanços e de certa forma a discussão acabou chegando ao grande público. Os argumentos dos cientistas e dos grupos religiosos também foram identificados e apresentados. Acho, no entanto, que esse debate, extremamente importante, demorou muito tempo para chegar ao noticiário. Confesso também que fico um pouco incomodado com um certo maniqueísmo que parece ser a marca do jornalismo em muitas coberturas - a idéia dos "pró e dos contra". Não sei se o mundo, tão complexo, pode ser dividido dessa forma tão simplista. IMPRENSA: Existe, no Brasil, alguém que você possa apontar como referência no Jornalismo Científico? Bicudo: O jornalista Marcelo Leite, colunista da Folha e atualmente com um blog, é uma excelente referência de jornalismo científico feito com qualidade, seriedade e responsabilidade ética. IMPRENSA: É possível fazer um paralelo entre o jornalismo científico e o econômico, haja vista a dificuldade que existe em levar a informação de forma clara ao leitor? Bicudo: Se pensarmos na exigência das explicações e na linguagem, na importância e no impacto que as duas áreas têm em nosso cotidiano, podemos pensar em analogias; no entanto, vale lembrar que são áreas e especialidades bastante diferentes, com peculiaridades e singularidades que precisam ser consideradas e respeitadas. Além disso, o econômico certamente ocupa um espaço muito maior que o científico. IMPRENSA: Em relação ao mercado de trabalho, há muita procura por profissionais especializados? Bicudo: Com a consolidação dessa área de atuação e a abertura de vagas nos diversos veículos, a tendência é que essa busca se amplie, já que é preciso investir em profissionais bem formados e que conheçam o segmento. IMPRENSA: Como professor, você nota que os alunos estão mais interessados pelo tema? Quais são as principais características necessárias ao profissional que deseja se especializar nesta área? Bicudo: Quando a ciência é revelada como algo que faz parte do nosso cotidiano, como possibilidade de avanços sociais, como uma forma de conhecimento diretamente ligada à idéia do bem-estar coletivo, conseguimos atrair a atenção dos alunos. O importante é incentivar o espírito crítico, a curiosidade, o gosto pelo conhecimento e pela descoberta, a disposição para ouvir detalhes de estudos e pesquisas, a preocupação em estabelecer relações e conexões, a paciência para apurar e pesquisar com cautela, serenidade e profundidade e a vontade para procurar a melhor forma de contar as histórias, lembrando sempre que não se pode deixar de lado os princípios éticos que norteiam a profissão e que a razão final de ser de todo esse nosso trabalho é o público/cidadão.

Afinal, o que é o Jornalismo científico?

Depois de tanto falar em jornalismo científico, sem discutir em tese do que se trata, decidi dar uma "colher de chá" para aqueles que ainda não compreenderam a funcionalidade dessa área dentro do jornalismo. A seguir há trechos do texto publicado no site comunicação empresarial. O Jornalismo e o Científico. Isso porque é possível encontrar, nos meios de comunicação de massa, onde se manifesta a atividade jornalística, textos, artigos ou materiais sobre temas de ciência e tecnologia e que não podem ser considerados jornalismo cientifico, exatamente porque não são, em princípio, jornalismo. Estranho? Nem tanto: nos jornais e revistas, estão incluídos os anúncios e estas mensagens são publicidade e não, jornalismo. Repetindo a lição: nem tudo que fala sobre ciência e está escrito em jornais ou revistas é jornalismo científico. Alguns artigos publicados pela revista Ciência Hoje, da SBPC, escritas por pesquisadores, apesar de bem ilustradas, não podem ser incluídos na categoria Jornalismo Científico. Não porque não sejam bons, mas porque nada tem a ver com o Jornalismo. Não se quer dizer, com isso, que todos estes materiais não sejam importantes e não devam ser consultados. Pelo contrário, devemos levantar as mãos para os céus, quando um veículo de comunicação se dispõe a produzir fascículos sobre história da ciência e da tecnologia, louvar o aparecimento do Caderno Resenhas e agradecer, pelo resto da vida, à SBPC pela revista Ciência Hoje, a mais importante contribuição à divulgação cientifica da ciência e da tecnologia nacionais. Divulgação científica e Jornalismo Científico não são a mesma coisa, embora estejam muito próximas. Ambos se destinam ao chamado público leigo, com a intenção de democratizar as informações (pesquisas, inovações, conceitos de ciência e tecnologia), mas a primeira não é jornalismo. É o caso, tanto dos fascículos como de uma série de palestras que traduz em linguagem adequada a ciência e a tecnologia para o cidadão comum. Assim como os fascículos, palestra não se enquadra dentre os gêneros do Jornalismo. Mais uma coisa para guardar: o Jornalismo Científico é um caso particular de Divulgação Científica: é uma forma de divulgação endereçada ao público leigo, mas que obedece ao padrão de produção jornalística. Mas nem toda a Divulgação Científica se confunde com Jornalismo Científico. Então, é preciso ficar claro: Jornalismo Científico, Divulgação Científica e Disseminação Científica são conceitos diferentes e exprimem manifestações diversas do processo amplo de difusão de informações sobre ciência e tecnologia. É importante perceber isso? Achamos que sim. E se a Folha de S. Paulo tivesse esta consciência, não distribuiria 400 mil ou mais exemplares do Caderno de Resenhas, encartados no jornal, se, por definição e linguagem, eles são acessíveis talvez (sendo muito otimista) a um 10% deste total. O Jornalismo Científico, que deve ser em primeiro lugar Jornalismo, depende estritamente de alguns parâmetros que tipificam o jornalismo, como a periodicidade, a atualidade e a difusão coletiva. O Jornalismo, enquanto atividade profissional, modalidade de discurso e forma de produção tem características próprias, gêneros próprios e assim por diante. Já tivemos suplementos de ciência nos jornais que eram produzidos por cientistas e pesquisadores, nem um pouco comprometidos com o Jornalismo. Simplesmente, eram reproduzidos nos jornais e revistas textos ou ensaios inéditos ou já apresentados em congressos científicos, quase sempre inacessíveis ao leitor comum. Jornalismo Científico? De forma alguma. Então, disto isto, está tudo dominado? O Jornalismo Científico brasileiro tem se profissionalizado nos últimos anos a partir, sobretudo, da contribuição da Universidade, com a constituição de agências experimentais de notícias em que há participação efetiva dos futuros profissionais de jornalismo. A FAPESP, recentemente, instituiu um projeto para incentivo à formação de jornalistas científicos. A UMESP tem uma área de pesquisa há algum tempo, em seu programa de pós-graduação em Comunicação Social, voltada para a comunicação científica (e o jornalismo científico, em particular), com dezenas de dissertações e teses já defendidas. A Universidade de São Paulo, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Federal de Pernambuco também se ocupam deste tema. Temos também, a exemplo de outros países, uma Associação de Jornalismo Científico, a ABJC, constituída por cerca de 400 sócios. Merece menção aqui a participação, desde o seu início, de dr. Júlio Abramczyk, conceituado médico e jornalista, redator médico da Folha, seu ex-presidente, responsável, certamente, pelo seu desenvolvimento. O Jornalismo Científico também ganhou a Internet e manifestações importantes podem ser aí percebidas, com o jornal eletrônico Comciência, vinculado ao Labjor/Unicamp, o site Ciênciapress, da bióloga e divulgadora científica Glória Malavoglia e o debate ampliado pelo importante Observatório da Imprensa. Os grandes veículos de divulgação também praticam o Jornalismo Científico na rede mundial, com destaque ao jornais O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Jornal do Commercio/PE e O Povo/CE, dentre muitos outros. É preciso ter em mente que o Jornalismo Científico abrange não apenas as chamadas " ciências duras" - Física, Química etc, mas inclui as ciências humanas (Educação, Sociologia, Comunicação etc) e que, em virtude da especialização em algumas áreas, tem assumido denominações particulares,em alguns casos, como o Jornalismo Ambiental, o Jornalismo em Agribusiness, o Jornalismo em Saúde, o Jornalismo Econômico , o Jornalismo em Informática etc. Na prática, no entanto, todas estas manifestações específicas remetem para o Jornalismo Científico, entendido aqui como o termo genérico, mais abrangente.

A formação do jornalista científico no Brasil

Trabalhar com o jornalismo científico no Brasil, ainda é algo desafiador, principalmente para os profissionais de comunicação. Não é suficiente achar somente a área interessante, é necessário também um comprometimento maior do jornalista. Mergulhar no mundo das produções científicas e torná-las assuntos de interesse público requer um grau de dedicação mais elevado. Há muitos obstáculos a serem superados ao longo desse caminho, eles vão da concepção da pauta científica à elaboração da matéria. Convenhamos,a linguagem científica não é algo tão simples de se dominar, mas também não é um bicho-de-sete cabeças. Há muitos termos técnicos de uso exclusivo dos pesquisadores e que em algumas situações,dificultam ainda mais a compreensão do jornalista acerca do assunto tratado na pesquisa. Outra é quanto ao relacionamento com o pesquisador. Muitos cientistas oferecem resistência ao lidar com os profissionais da notícia,pois argumentam que ,as vezes,os jornalistas cometem muitos equívocos ao transformar a pesquisa em matéria e isso consequentemente compromete a credibilidade do pesquisador, enquanto profissional, e a importância dos estudos que está desenvolvendo. Mas,há uma solução. Na verdade,são passos que devemos seguir para alcançar êxito na elaboração de um matéria científica. 1-Conhecer a metodologia científica trabalhada na pesquisa; 2-Pesquisar bastante sobre a temática desenvolvida, antes da entrevista com o cientista; 3-Estabelecer uma relação de confiabilidade com o pesquisador a fim de que ele se sinta a vontade para dialogar sobre o tema de sua pesquisa; 4-Quando não entender um termo ou palavra, pedir explicações novamente, para que sua dúvida não impeça um melhor aproveitamento do assunto na sua matéria. 5-E o mais importante e desafiante: trabalhar numa linguagem adequada e compreensível para o entendimento tanto de cientistas quanto de leigos. Para ser um jornalista científico requer muita dedicação, persistência e compromisso. Poucos profissionais da comunicação reconhecem essa área de estudo como um campo de grandes perspectivas. E isso é bem visível também no âmbito acadêmico. Nossa, vocês não imaginam a dificuldade que estou enfrentando na minha busca por uma pós-graduação nessa área.Em minha opinião, esse quadro necessita mudar com urgência,pois,moramos num país tão rico em biodiversidade, no qual a cada dia novas espécies são relatadas e nós como profissionais da noticia temos o dever de não simplesmente divulgar a descoberta, mas sim esclarecer qual a importância,o impacto e a contribuição que ela trará para nossas vidas enquanto brasileiros e amazônidas, em particular. Afinal,a nossa região é a detentora da maior e mais importante floresta do mundo.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Jornalismo científico x Divulgação científica: É possível unir ciência e interesse público?

Caros Colegas, Como postagem inaugural do meu blog, gostaria de comentar a experiência que tive na tarde desta terça (21) no Centro de Convenções da Amazônia - Hangar. Bem, com o intuito de obter mais informações para o trabalho que estou desenvolvendo sobre divulgação científica e o meu interesse compulsivo pelo jornalismo cientifico, soube que ocorreria como parte integrante da programação da "Semana Estadual de Ciência e Tecnologia" a palestra sobre "Os desafios do jornalismo científico na Região Amazônica". Ela foi ministrada pelo Jornalista Valmir Lima da FAPEAM. Confesso que inicialmente,a forma como o assunto estava sendo exposto,fugiu um pouco às minhas perspectivas geradas pré-evento. Mas, como eu já tinha estabelecido um proposito, não me deixei abater por essa pequena frustação. E prossegui prestando atenção a cada palavra pronunciada pelo palestrante. Semelhante a uma fã que se depara com o seu ídolo, mas a analogia é somente quanto ao grau de significação daquele conteúdo para minha vida acadêmica. De repente, percebi que era uma oportunidade única para tentar ampliar a percepção e o conhecimento que até o momento eram oriundos do embasamento teórico adquirido em poucas fontes, em função da dificuldade em se obter material sobre essa área de atuação do jornalismo, principalmente quando delimitamos a amazônia como objeto de análise. Foi justamente, o foco "Amazônia" que despertou o meu interesse. As colocações do palestrante, enquanto jornalista científico, sobre os desafios e as dificuldades encontradas na sua vivência profissional, a partir do trabalho que vem desempenhando nessa tentativa de unir ciência e informação de interesse público,princípio do jornalismo cientifico.
Durante o material exposto por ele, dois aspectos atrairam minha atenção. O primeiro é quanto a "vulgarização" da linguagem cientifica, ou seja, trabalhá-la de uma forma que o público realmente compreenda e se interesse pelo que está lendo. O outro aspecto, me suscitou dúvida. Em determinado momento, Valmir comentou que jornalismo cientifico e divulgação cientifica diferem conceitualmente e quanto as suas finalidades. O que me surpreendeu de certa forma, pois acreditava que as finalidades fossem convergentes e complementares. Então, como a dúvida persistia, após a palestra direcionei-me ao jornalista e perguntei: Valmir, qual é a real diferença entre digulgação cientifica e jornalismo cientifico? Ele me olhou, achou graça e disse: É simples, qual é o principio do jornalismo?Gerar informações factuais e de interesse público, vou tentar exemplificar. Se encontrassemos um fóssil de um ser pré-histórico no Pará, e um dos jornais publicasse como furo de reportagem essa descoberta, você acha que o concorrente a publicaria também? Com certeza não. Exceto, se eles conseguissem obter uma informação inédita, que despertasse novamente o interesse por aquele assunto. O que acontece de maneira diferente na divulgação cientifica. Pois nela, o objetivo é primordialmente divulgar as pesquisas que estão sendo desenvolvidas, sem que haja um compromisso em atrair o público massivamente justamente por não se tratar de algo factual ou de grande interesse público. Como trabalhar o jornalismo cientifico sem cair na questão de divulgação cientifica?Será que a dita "falta" de interesse público justificaria a não existencia de programas de TV que divulguem as pesquisas geradas em nossa região?!! Nossa, isso realmente me instigou a continuar a minha busca por essa área de atuação. Os questionamentos que citei acima pretendo esclarecer assim como os outros que surgirão, sem dúvida, ao longo dessa longa caminhada em buscar de desevendar o mundo jornalistico gerado em torno da ciencia. E deixo registrado que, compartilharei aqui no blog essas descobertas com todos que se interessam pela difusão mais eficaz da atuação do jornalismo científico. Até a próxima.